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Justiça proíbe início de obras do Linhão do Tucuruí em trecho de reserva indígena 5q6gq

Em julgamento com mais de oito horas no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, o povo Waimiri-Atroari teve reconhecido o direito a consulta prévia antes da concessão de licença de instalação para as obras do linhão de Tucuruí, que corta as terras deles no Amazonas. Porém, a maioria dos desembargadores votou contra a nulidade do leilão. g256v

O julgamento na 5ª Turma do TRF1 apreciou dois processos que apontaram a ausência de consulta prévia em relação ao projeto. Nas duas ações, a Justiça Federal em Manaus tinha dado razão ao Ministério Público Federal (MPF) e concedido a anulação do leilão que teve como vencedora a concessionária Transnorte Energia e também a anulação da licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Por dois votos a um, os desembargadores reconheceram a validade tanto do leilão quanto da licença prévia. Mas isso não autoriza o início das obras. Pelo Código de Processo Civil, como não houve um resultado unânime, o julgamento deve continuar, segundo o procurador da república Felício Pontes Jr.

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Na segunda etapa de julgamento, o MPF vai reafirmar que a consulta precisa ser feita de acordo com o protocolo do povo Waimiri-Atroari ou Kinja, como se autodenominam. Nesse processo, o Ibama alega ter realizado quatro consultas públicas abertas às comunidades, em junho de 2014, em cidades do Amazonas e de Roraima.

Porém, os três desembargadores afirmaram que a licença de instalação não pode ser concedida antes da consulta. Como o acórdão depende da segunda etapa do julgamento para ser construído, a indefinição sobre o procedimento de consulta permanece e nenhuma obra pode ser feita dentro da terra indígena até lá.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Ascom/MPF-AM

 

 

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